terça-feira, 31 de agosto de 2010

Aula: Erros de Medicação e Sistemas de segurança do paciente

Espero que tenham gostado da aula de hoje.
Os erros de medicação e a segurança do paciente é um tema relevante e o farmacêutico pode e deve desempenhar um papel importante, tanto na identificação, minimização ou eliminação dos erros, quanto na sua prevenção.
Lembrem que os erros de medicação podem ser evitados geralmente através de medidas relativamente simples, porém sua abordagem deve considerar aspectos culturais, incluída a cultura organizacional da instituição de saúde, e gerenciais. As estratégias mais promissoras partem do diagnóstico e planejamento das ações, alimentado por um fluxo de informações que suportem a avaliação e tomada de decisões, aliado a um processo sistêmico, sistemático e participativo que tenha como foco a qualidade do cuidado ao paciente.

CONTEÚDO: Erros de Medicação e Sistemas de segurança do paciente
Objetivos de ensino:
  • Conceituar erros de medicação e sistemas de segurança ao paciente
  • Compreender o impacto dos erros de medicação no cuidado ao paciente e para o sistema de saúde
  • Listar os tipos de erros de medicação
  • Diferenciar erros de medicação, eventos adversos e reações adversas
  • Compreender o papel do farmacêutico no desenvolvimento e implantação de sistemas de segurança ao paciente.
A seguir recomendo a leitura complementar da aula de hoje:
Rosa, M.B.; Perini, E. Erros de medicação: quem foi? Rev Assoc Med Bras 2003; 49(3): 335-41. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302003000300041
Trata-se de um texto bem didático e de fácil leitura do Dr. Mário borges, que entre outras coisas aborda duas possibilidades de enfoque do erro, apresenta a definição e os tipos de erros de medicação, além da sua relação com a ocorrência de eventos adversos.
Boa leitura!

6 comentários:

  1. Pessoal, ainda sobre o tema segurança do paciente, recomendo este texto:
    http://www.redsaf.org/docs/redsaf_boletin_vol04_02.pdf

    Abraço

    Wellington

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  2. ERROS DE MEDICAÇÃO
    Rodrigo e Aline


    As inovações tecnológicas na assistência à saúde vêm tornando o processo de assistência à saúde cada vez mais caro e complexo. Paralelamente, cresce também a importância da resolução de eventos adversos relacionados a medicamentos e a preocupação com a segurança do uso de medicamentos.
    Os "eventos adversos" relacionados a medicamentos se dividem em "reações adversas" e "erros de medicação".
    Reação adversa a medicamento é qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se apresente após a administração de doses de medicamentos normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de uma enfermidade.
    Erro de medicação é qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, pode levar ao uso inadequado do medicamento. Esse conceito implica que o uso inadequado pode ou não lesar o paciente, e não importa se o medicamento se encontra sob o controle de profissionais de saúde, do paciente ou do consumidor. O erro pode estar relacionado à prática profissional, produtos usados na área de saúde, procedimentos ou problemas de comunicação, incluindo: prescrição, rótulos, embalagens, nomes, doses, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação, monitoramento e uso de medicamentos.
    A segurança do uso dos medicamentos se divide, então, em dois segmentos: o primeiro busca a garantia de que o produto seja eficaz e seus efeitos nocivos conhecidos e aceitáveis, e o segundo garantir que o processo de utilização do medicamento seja seguro em todas as suas etapas.
    No contexto cultural em que o farmacêutico está inserido, a prática que está historicamente atrelada às suas atividades se resume, erroneamente, ao gerenciamento da farmácia, limitando o profissional ao trabalho administrativo e excluindo-o de certa forma da equipe multidisciplinar de saúde. Este profissional acaba se distanciando da prática clínica, se tornando inabilitado para prevenir e resolver erros de medicação e segurança do paciente. Os profissionais de saúde (incluindo o farmacêutico), devido à sua formação, não estão preparados para lidar com os erros, pois estes estão associados à vergonha, ao medo e às punições. A abordagem dos erros no sistema de saúde é, geralmente, feita de forma individualista, considerando os erros como atos inseguros cometidos por pessoas desatentas, desmotivadas e com treinamento deficiente. Enquanto isso há perda de aprendizado a partir daquele erro. Tendo uma visão sistêmica do erro, somos capazes de considerar que os homens são falíveis e que todas as organizações, incluindo aquelas de excelência em segurança, irão conviver com certa taxa de erros.
    Os erros devem ser notificados e estudados em todos os seus aspectos, dentro de uma abordagem não punitiva. E os notificadores dos eventos devem receber retorno da informação que gerou.
    É neste ponto que entra a atuação dos profissionais de saúde agindo da melhor forma possível, interagindo sempre em conjunto no planejamento resolução de casos.
    O farmacêutico, mais especificamente, deve primeiramente avaliar e mapear pontos críticos (em sua atuação e estrutura de trabalho) que possam causar erros. E a partir daí, implementar medidas para diminuir as taxas dos eventos adversos preveníveis, tais como fornecer informação sobre uso racional de medicamentos aos demais profissionais de saúde e aos pacientes para o esclarecimento das dúvidas referentes ao tratamento.

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  3. No artigo 'erros de medicação quem foi?' eles fazem uma critica a midia.
    Então concordo parcialmente com eles. Pq assim a Midia pode até atrapalhar com suas abordagens sensacionalistas, mas é bem verdade que muitas vezes a mesma promove um uma certa "pressão" nos órgãos fiscalizadores para apurar os fatos. Possibilita q os telespectadores fiquem cientes do que acontece e o desfecho do caso além de incentivar q os mesmos cobrem uma maior fiscalização pelos orgãos competentes para que determinados erros não mais aconteçam.
    Então não condeno totalmente a mídia. Até acho que ela ajude. Ela passando a mensagem correta ou equivocada de qualquer forma vai provocar uma resposta e essa sempre será positiva. Por exemplo: em mensagens veiculadas de maneira incorreta, irá provocar uma resposta em que será investigado a denúncia e se for falsa forçara a midia a contar a verdade, e faz com q os órgãos fiscalizadores fiquem mais atentos. Se a denuncia for verdadeira forçará os orgãos competentes a solucionar o problema e apresentar a solução na midia, pois o publico exige uma resposta.

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  4. Carla, discordo parcialmente do seu comentário. Claro que quando a mídia é obrigada a consertar um comentário e refazê-lo da maneira correta, é algo que melhora bastante a situação. Mas por que não fazer a propaganda correta em primeira instância? Ou ao menos padronizar todas as propagandas e pôr no fim: "Caso de dúvida, consultar o médico ou o farmacêutico". As propagandas de medicamentos atingem sumariamente a Massa. Dona Maria que assiste televisão toda hora e ouve que "Tomou doril, a dor sumiu", não vai querer procurar o médico. Ela se automedica. Nós nos automedicamos. A propaganda, definitivamente, contribui para o uso irracional de medicamentos. Não sei se fugi muito do que você falou, mas eu senti necessidade dessa resposta. Beijos racionais a todos! RODRIGO.

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  5. Então rodrigo você tocou num ponto importante que são as propagandas e nisso concordo com você. Além de que a Vigilância deveria ser mais atuante no tocante a coibir essas propagandas que incentivam o uso incorreto de medicamentos.
    Mas o que questionava no comentário anterior estava relacionado a matérias jornalisticas mesmo sabe...

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