terça-feira, 19 de outubro de 2010

Guia da Boa prescrição

Prezados alunos,

Segue o link para que vocês tenham acesso ao Guia da Boa Prescrição, publicação da OMS que aborda de forma didática os princípios do URM na seleção de medicamentos para prescrição. Um guia para médicos, mas importante também para farmacêuticos já que os mesmos princípios podem ser adaptados por exemplo para a seleção de grupos de medicamentos nas Comissões de Farmácia e Terapêutica, bem como na escolha de alternativas terapêuticas no aconselhamento do uso de Medicamentos Isentos de prescrição (MIPs)
A versão disponibilizada pela OMS está em inglês e em espanhol
Acesso no link: http://apps.who.int/medicinedocs/en/d/Jh2991s/

Grande abraço

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Quando os medicamentos interagem!

CONTEÚDO: Falhas na farmacoterapia: interações medicamentosas

Objetivos de ensino:
  • Conceituar e classificar os tipos de interações medicamentosas
  • Compreender os diferentes mecanismos envolvidos nas interações medicamentosas
  • Identificar e avaliar o significado clínico das interações medicamentosas na obtenção de resultados terapêuticos e na segurança do paciente
  • Compreender o papel do farmacêutico na prevenção, detecção, identificação e avaliação de interações medicamentosas

 

sábado, 2 de outubro de 2010

Como as doenças são fabricadas (ou, como a indústria farmacêutica inventa doenças para aumentar seus lucros...)

Um dos aforismas médicos mais significativos para quem trabalha com uma perspectiva sistêmica e complexa do processo saúde-doença afirma que "não existem doenças e sim doentes"...A analogia deste pensamento foi muito bem elaborada por Cipolle em 1985, quando o mesmo afirma que "medicamentos não têm doses...pessoas tem doses!"
Realmente é interessante e instigante perceber a doença como algo mais do que um conjunto de alterações e manifestações de ordem biológica...O processo saúde-doença é complexo, corresponde também a uma construção de ordem social e cultural e está sujeita a muitos fatores, entre os quais o interesse econômico.
Recomendo uma leitura do excelente comentário de Ray Moynihan, que foi publicado esta semana no BMJ. Sob o título "Merging of marketing and medical science: female sexual dysfunction" (Merging of marketing and medical science: female sexual dysfunction. BMJ 2010; 341:c5050 doi: 10.1136/bmj.c5050 http://www.bmj.com/content/341/bmj.c5050) Monyhan faz uma análise bem crítica e reveladora das estratégias da industria farmacêutica e sua influência na construção de um "novo" tipo de "doença" a disfunção sexual feminina. O autor revela como são articuladas ações visando a formação da opinião pública e dos médicos, favorecendo a medicalização da sexualidade, apresentando um lado obscuro de como interesses econômicos podem ser usados para "comprar" a consciência e "manipular" o conhecimento ciêntifico em favor da "criação" de "novas doenças" como forma de aumentar suas vendas e expandir os lucros das grandes indústrias farmacêuticas. Chocante, mas não é uma novidade...talvez seja para quem ainda acredita na neutralidade científica ou no coelhinho da páscoa