terça-feira, 19 de outubro de 2010

Guia da Boa prescrição

Prezados alunos,

Segue o link para que vocês tenham acesso ao Guia da Boa Prescrição, publicação da OMS que aborda de forma didática os princípios do URM na seleção de medicamentos para prescrição. Um guia para médicos, mas importante também para farmacêuticos já que os mesmos princípios podem ser adaptados por exemplo para a seleção de grupos de medicamentos nas Comissões de Farmácia e Terapêutica, bem como na escolha de alternativas terapêuticas no aconselhamento do uso de Medicamentos Isentos de prescrição (MIPs)
A versão disponibilizada pela OMS está em inglês e em espanhol
Acesso no link: http://apps.who.int/medicinedocs/en/d/Jh2991s/

Grande abraço

Um comentário:

  1. Crislaine e Camila
    No caso clínico apresentado, foram apresentadas algumas informações sobre as condições de saúde de uma idosa hipertensa, com um quadro proeminente de obesidade e osteoporose, apresentando também problemas de circulação e cálculo renal. Foi relatado que esta paciente utiliza diversos medicamentos, principalmente para controlar a pressão arterial elevada.Sendo assim, discutiu-se a cerca da hipertensão.
    Tendo em vista que a hipertensão arterial é uma das principais causas de morte em todo mundo, temos que primeiro considerar quais são os fatores de riscos para essa patologia, destacando-se:
    *tabagismo
    *consumo abusivo de álcool
    * alimentação
    *obesidade
    *fator hereditário
    *doenças crônicas, sendo o diabetes a principal.
    O tratamento deve combinar de modificações no estilo de vida e utilização de fármacos.
    As principais modificações no estilo de vida são:
    - redução do peso, tentar ao máximo manter um peso normal com IMC (índice de massa corpórea) entre 18,5 e 24,9 kg/m2, isto reduz a pressão entre 5-20 mmHg. A redução de peso depende do metabolismo de cada indivíduo e deve ser calculada, de preferência, pelo nutricionista.
    - Adotar dieta DASH (Dieatary APPROACHES Stop HIPERTENSION), ou seja, uma dieta rica em frutas, verduras lacticínios desnatados e alimentos rico em K+ e Ca++, isto reduz a PA entre 8-14.
    -Dieta hipossódica: sódio dietético até 100 mg ao dia, essa dieta mantém a PA estável e combinada com as outras mudanças reduz a PA entre 2-8.
    -Atividade física: o recomendado são exercícios aeróbicos, como caminhadas rápidas por 30 minutos, no entanto deve adequar esses exercícios as peculiaridades de cada paciente. Reduz a PA entre 4-9.
    -Moderar no consumo de álcool, até 2 drinks por dia para os homens e 1 drink por dia para as mulheres e também reduzir o tabagismo . Reduz a PA entre 2-4.
    Deve se destacar que o tabagismo é um dos principais fatores de descontrole da pressão arterial.
    Outros aspectos devem ser levados em consideração como a idade do paciente, pois a pressão arterial tende a aumentar em pessoas com idade avançada, visto que a resistência vascular periférica diminui, os vasos mais enrijecidos, diminuindo, assim, a flexibilidade dos vasos

    No tratamento farmacológico temos como classes de fármacos: Diuréticos, bloqueadores diretos, antagonista de cálcio, inibidores da ECA, antagonista dos receptores da Angiotensina II, que quando estimulada causa vasoconstricção.
    É de extrema importância a realização de exames laboratoriais: triglicerídeos, glicemia, creatinina, colesterol...
    Os princípios gerais no tratamento são: o medicamento deve ser bem tolerado e eficaz por via oral, poucas doses diárias, de preferência uma apenas buscando a comodidade do paciente, iniciar com doses pequenas e aumentar gradativamente caso necessário, instruir o paciente sobre a doença, as drogas que ele utiliza e os objetivos do tratamento e considerar as condições sócias – econômicas do paciente.
    O objetivo primordial do controle da PA é reduzir a morbi-mortalidade. Sendo que a PA desejada seja < 140/90 mmHg. Com algumas exceções, por exemplo, diabéticos e pessoas com nefropatia proteinúria que devem estabelecer uma PA < 130/80 mmHg.
    Vale ressaltar que qualquer medicamento pode ser utilizado na monoterapia inicial, com exceção dos vasodilatadores diretos.
    Deve-se combinar tratamento não-farmacológico com tratamento farmacológico para obter resultados mais eficientes no controle da PA.

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