Objetivos de ensino:
- Conceituar e classificar os tipos de interações medicamentosas
- Compreender os diferentes mecanismos envolvidos nas interações medicamentosas
- Identificar e avaliar o significado clínico das interações medicamentosas na obtenção de resultados terapêuticos e na segurança do paciente
- Compreender o papel do farmacêutico na prevenção, detecção, identificação e avaliação de interações medicamentosas
Porque é importante conhecer as interações?
ResponderExcluir• Polifarmácia: Consiste no uso de mais de um medicamento pelo paciente, durante o tratamento de uma ou mais enfermidades.
• Prevenção de problemas relacionados aos medicamentos (PRM’s)
• Além das interações entre medicamentos, também é comum a interação entre medicamentos e outras substâncias como, por exemplo, alimentos. Tais substâncias podem vir a interferir na absorção, dissolução e biodisponibilidade do medicamento utilizado no tratamento. Por conseqüência, a eficácia e segurança destes medicamentos podem ser comprometidas.
• No âmbito farmacêutico as interações precisam ser avaliadas e conhecidas para contribuir com o uso racional de medicamentos.
Sendo assim, o profissional farmacêutico deverá possuir conhecimentos biofarmacêuticos (diferencial dos outros profissionais de saúde) e capacidade de identificar e prevenir as interações medicamentosas.
Dentro desse contexto os medicamentos interagem com substâncias como:
• Medicamentos;
• Álcool;
• Alimentos;
• Tabaco.
Através do conhecimento dos tipos de substâncias que interagem potencialmente pode-se direcionar o tratamento do paciente visando evitar as interações, realizando o máximo possível do uso racional do medicamento.
As interações interferem na farmacocinética, biofarmácia ou farmacotécnica, biodisponibilidade, etc.. Um exemplo bem típico é a interação entre contraceptivos e antibióticos, que ocorre da seguinte forma: O antibiótico diminui a flora intestinal, porém, essa flora é importante por produzir enzimas responsáveis pela hidrólise dos contraceptivos, então por conseqüência a eficácia desse último acaba por ser prejudicada.
Enquanto isso, a interação entre medicamentos e alimentos atua basicamente alterando a velocidade do trânsito intestinal (esvaziamento gástrico). Porém, os alimentos também possuem o mecanismo de interação por agirem como quelantes de diversos fármacos.
Ex: A administração concomitante de digoxina (altamente lipofílica) com alimentos pode vir a alterar a velocidade de absorção e distribuição deste fármaco.
Portanto, podemos definir que interação medicamentosa é o fenômeno farmacológico onde os efeitos de um fármaco podem ser modificados pela administração anterior ou concomitante a outro.
A interação medicamentosa pode potencializar ou reduzir o efeito do tratamento por interferência nas enzimas de metabolização, por exemplo. Além disso, a interação pode ser causa ou amplificadora de reações adversas previstas.
As chances de interação medicamentosa aumentam em potencial em pacientes que fazem uso de medicação contínua para doenças crônicas.
Então o que deve ser avaliado?
• Fatores ligados ao paciente: *Genéticos
*Doenças
*Alimentação
*Meio em que vive
*Fumo
*Álcool
• Fatores ligados ao fármaco:
*Dose *Duração
*Esquema posológico
*Vias de administração
*Propriedades biofarmacêuticas
*(interações farmacotécnicas)
Tipos de interações:
• Farmacotécnica – incompatibilidades físico-químicas, quelação, precipitação etc..
• Farmacocinética – as mais previsíveis
• Farmacodinâmica