segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Aula: Gestão da Farmacoterapia: Diabetes, síndrome metabólica e obesidade

Objetivos de ensino:
  • Definir diabetes, síndrome metabólica e obesidade
  • Conhecer os aspectos epidemiológicos, critérios diagnósticos, bem como a relação entre esses problemas de saúde
  • Listar os principais fatores de risco
  • Listar as alternativas terapêuticas
  • Descrever os objetivos de tratamento
  • Identificar necessidades e problemas farmacoterapêuticos
  • Elaborar um plano de cuidado

Pessoal leiam este artigo de revisão "Metabolic syndrome, dyslipidemia, hypertension and type 2 diabetes in youth: from diagnosis to treatment" Halpern et al. Diabetology & Metabolic Syndrome 2010, 2:55. http://www.dmsjournal.com/content/pdf/1758-5996-2-55.pdf Muito interessante

Um comentário:

  1. Camila,
    A paciente apresenta vários problemas de saúde, aparentemente que evoluíram ao longo do tempo, devido a estes problemas, utiliza vários medicamentos concomitantemente, aumentando o risco de interações medicamentosas, contribuindo para possíveis interações, a maioria dos medicamentos utilizados é no período da manhã. Variadas são as situações:
    1- Para o problema da Hipertensão arterial é utilizada a hidroclorotiazida 25mg e anlodipino 10mg como medicamento para auxiliar o tratamento da hipertensão arterial, também a sinvastatina que é administrada para combater a hiperlipidemia, que é um fator de risco para a hipertensão e doença vascular periférica. O medicamento que possivelmente pode estar causando uma reação adversa é a hidroclotiazida, pois a paciente reclama de tontura pela manhã e este medicamente tem como um de seus efeitos indesejáveis a hipotensão postural, outro problema relacionado a este medicamento é a ocorrência de hiperglicemia que pode exacerbar a diabetes melitos que a paciente também é portadora.
    2- Para controlar a diabetes é utilizada a glibenclamida 10mg devido sua elevada potência e prolongada duração do efeito, também pode estar causando a tontura pela manhã devido à forte hipoglicemia que ocorre na madrugada. Um fator que indica o não controle adequado da glicemia é o problema da nefropatia diabética.
    3- Para o tratamento da osteoporose, a paciente utiliza alendronato 10mg, este medicamento possui experiências adversas de dores musculoesqueléticas (ossos, músculos ou articulações), provavelmente justificando as dores nos joelhos da paciente. Também faz reposição com cálcio 500mg.
    4- Para tratar da anemia por deficiência de ferro, é utilizado sulfato férrico 500mg, também se observa a administração de cianocobalamina 1000mg, utilizada para reposição de vitamina B12, sua utilização seria justificada, pois esta contribui para o metabolismo do ferro, além disso, a paciente possui no seu histórico a utilização de metformina, este medicamento utilizado para diabetes, pode interferir na absorção da vitamina B12, portanto a paciente estaria fazendo uma reposição desta vitamina.
    5- A utilização de Loratadina não ficou bem esclarecida, mas uma justificativa seria pelo fato de além deste medicamento ser um anti-histamínico, também é um antiemético, portanto pode prevenir náuseas, principalmente aquelas associadas há vertigens, no caso a paciente apresenta tontura pela manhã.

    Para este tratamento, verificam-se problemas com relação à necessidade, pois a paciente faz uso de uma quantidade elevada de medicamentos que poderiam ser evitados se fosse introduzido um tratamento não farmacológico, por exemplo, uma dieta adequada e exercícios físicos. Podem estar ocorrendo problemas de efetividade, pois vários problemas estão associados a outro, como a nefropatia diabética e a hipertensão arterial envolvem o não controle da diabetes, por sua vez a hipertensão artéria pode contribuir para a doença vascular periférica, mas para confirmar estas situações é necessário o conhecimento de outras informações da paciente, a exemplo de parâmetros bioquímicos. Por fim, problemas de segurança são observados quanto ao uso de hidroclorotiazida na paciente diabética, devendo este ser substituído. Para reduzir o problema da tontura pela manhã causada pela glibenclamida, esta pode ser substituída pela tolbutamida, que é da mesma classe das sulfoniluréias e é uma droga mais segura, com menos probabilidade de causar hipoglicemia.

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