sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Diário de bordo/ Aula 2 : Uso de antivirais para combater gripes e resfriados.


Alunas: Gabriela Andrade e Patrícia
Um caso referente à nova gripe (Gripe A) foi proposto para discussão na aula. Como profissionais farmacêuticos convidados a opinar, qual seria nossa posição quando perguntados sobre o uso do Tamiflu para tratar a Gripe Suína? Para esse caso foi definido que os grupos deveriam especificar ao menos cinco objetivos de aprendizagem e solucionar o caso. Antes de discutir sobre o vírus Influenza A H1N1 foi abordado o conceito de endemia, epidemia, surto epidêmico e pandemia que estão descritos abaixo:
Endemia: Descreve a frequência e distribuição de doenças de ocorrência historicamente esperada.
Epidemia: Quando a freqüência e distribuição de uma determinada doença foge ao esperado.
Surto Epidêmico: Episódio limitado (no tempo e/ou espaço geográfico) de uma epidemia.
Pandemia: Epidemia que atinge vários países ou continentes (tem distribuição global).
Aproveitamos a aula para discutir as diferenças e semelhanças entre episódios de gripe e resfriado, este pode ser causado por uma diversidade de agentes, tem incidência anual, é autolimitada e apresenta sintomas que são mais amenos; já a gripe é um problema de saúde de ocorrência sazonal (ou estacional), com alguns sintomas mais intensos do que o resfriado e de maior duração.
A gripe suína é uma epidemia de escala pandêmica, que tem como agente etiológico um vírus chamado Influenza do tipo A (H1N1). Segundo o Professor relatou, este novo vírus apresenta na sua estrutura fragmentos de cepas virais de influenza encontradas em porcos, aves e humanos.
O antiviral que tem sido recomendado para combater a nova gripe é o Tamiflu, nome genérico do fármaco Oseltamivir, que inibe uma enzima (neuraminidase), responsável por auxiliar o vírus pós replicado ir para outras células, atenuando assim os sintomas. Além do Tamiflu, existem outros antivirais. São eles, Amantidina, Rimantadina (que já não são mais eficazes contra a influenza A) e Relenza.
As estratégias mais eficazes de prevenção incluem campanhas de imunização (vacina), além de outras medidas como lavar as mãos, evitar aglomerações e frequentar espaços coletivos fechados. Todas essas medidas contribuem para fazer com que ela volte para níveis endêmicos. Um aspecto que parece inevitável será a circulação do vírus entre a população.
O antiviral deve ser usado com cautela, pois não existem dados suficientes sobre sua eficácia e segurança. O farmacêutico pode e deve auxiliar nas ações de prevenção da nova gripe e de orientação em saúde que deve estar baseiada em evidências. O caso do Tamiflu exemplifica os riscos potenciais e a desinformação gerada por diferentes interesses e pressões políticas, da indústria farmacêutica e a geração de certo alarmismo por parte dos meios de comunicação. É necessário receber com cautela as informações difundidas pela indústria farmacêutica, pois há sempre a tendência da manipulação da informação para exacerbar os possíveis benefícios e diminuir os riscos dos medicamentos (o professor citou o caso do Vioxx e dos inibidores seletivos da COX-2). Em situações de epidemia eu devo correr para gerar evidências. As primeiras evidências do Tamiflu mostram que ele apresenta mais riscos do que benefícios, principalmente em crianças e adolescentes. Some-se a isso o fato de que uma parte da eficácia ao Tamiflu foi divulgada baseada em evidências geradas em testes in vitro ou pelo seus comportamente na profilaxia e tratamento da gripe comum. Discutimos sobre os possíveis efeitos adversos relatados para aquele medicamento, tais como pneumonia, confusão mental, náusea e parada cardiorrespiratória durante o sono.
Para pacientes que estão com sintomas mais amenos, ou que não apresentam fatores de risco, ao que parece o tratamento deve ser apenas em combate aos sintomas.
E obviamente é importante, como já foi citado acima, trabalhar com prevenção já que lavar as mãos é uma medida bastante eficaz. Temos que trabalhar com a possibilidade de diminuir os riscos de transmissão e reduzir complicações nos pacientes já infectados.

Um comentário:

  1. Efavir 200 mg Tablet is an antiviral medicine, which is used in combination with other medicines to treatment of human immunodeficiency virus (HIV) infection. This medicine is not a cure for HIV; it only prevents the virus from multiplying in your body. Monitoring of liver function and kidney function may be necessary while receiving this medicine based on the clinical condition.

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